sábado, 31 de janeiro de 2009

Governo Vai Investir Mais para Superar Crise


Todos os representantes do Governo Lula que participaram dos debates no Fórum Social Mundial afirmaram, que apesar do Brasil ser afetado pela crise internacional, não vai sofrer como antes.

Pude assistir vários debates e a mesma fala, com palavras diferentes, foram afirmadas tanto pelo Ministro Chefe da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci , no Debate "Governo Lula: Realizações e Perspectivas" , pela Ministra Dilma Roussef no Debate "Mulheres nas Instâncias de Poder" e pelo próprio Presidente Lula no final da noite do dia 29 de janeiro, no encontro histórico onde estiveram também os presidentes da Bolívia, Equador, Paraquai e Venezuela.



"Antes, quando havia uma crise, o primeiro a quebrar era o governo brasileiro, que corria para o FMI para pegar dinheiro emprestado e em contra-partida começar o corte dos projetos sociais. Hoje é diferente, as empresas que não foram privatizadas têm armas para combater a crise. A Petrobrás, por exemplo, vai garantir todos os seus projetos, saíremos mais fortes da crise do que entramos", assegurou Dilma Roussef.



Reafirmando que a crise é capitalista, e mostra a falência do sistema neo-liberal, que com seus economistas, que nunca pisaram no Brasil sempre diziam o que o Brasil devia fazer, Lula disse que Deus demonstrou que escreve certo por linhas tortas e garantiu que agora mais do que nunca é hora do Governo Brasileiro investir em projetos sociais, como o da construção de 1 milhão de casas populares nos próximos 2 anos: "O povo pobre do Brasil não vai pagar por uma crise que não nasceu aqui", sendo ovacionado pela mutidão.



Todos os presidentes, inclusive Lula, afirmaram também a necessidade da mobilização e organização popular e a unidade dos países Latino-Americanos para que possamos avançar na construção de uma nova ordem mundial que derrote de vez o neo-liberalismo e leve o mundo a melhores dias.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Aleida Guevara fala dos 50 Anos da Revolução


Este ano é comemorado 50 anos da revolução Cubana e o Fórum Social Mundial montou uma grande tenda onde acontecerão diversas palestras, entre elas as que lembram os cinquentenário da revolução. Hoje pude participar de dois encontros importantes. O primeiro ouvi o depoimento de dois fotógrafos que acompanharam a revolução antes e durante a Sierra Maestra, os primeiros passos do governo revolucionário e como puderam perceber a história acontecendo, entre os dois fotógrafos estava também a filha do fotógrafo Alberto Díaz Gutierrez Korda, autor da foto "El guerrillero heróico", por onde o mundo todo passou a conhecer Che Guevara após a sua morte e que até hoje é estampada em camisas e bandeiras .
O segundo momento foi surpreendente: Uma palestra muito emocionante de Aleida Guevara, filha de Che Guevara, mulher simpática, carismática e com demonstração de uma grande força de luta. Perguntada sobre o que pensava sobre o Presidente dos Estados Unidos ter dito que iria fechar a prisão de Guantánamo, disse se sentir alegre com a notícia, mas que ele deveria devolver a base militar a Cuba a base militar. Falou também que não há esperanças com o fim do bloqueio por parte dos Estados Unidos a Cuba, pois o Presidente Obama depende do Congresso e das Transnacionais e seria uma derrota para os americanos, pois com o fim do bloqueio Cuba se desenvolveria enormemente.
Com relação a cultura, considerada machista das mulheres arabes, Aleida afirmou que depende somentes daquelas mulheres a sua libertação e que de "nosoutros" sempre terão apoio.
Quanto a justiça social no Brasil considerou que há uma dificuldade muito grande, pois aqui existem muitas culturas diferentes, que precisam ser respeitadas uma a uma e que será preciso uma transformação muito mais profunda para que todos tenham os mesmos direitos, que torce por isto, porque o Brasil é um verdadeiro gigante e reafirmou que cada país tem que buscar a sua libertação e nenhuma história de revolução pode ser receita pronta para ninguém.
Foi aplaudida de pé.

Amazonia: O tema de hoje


Hoje o Fórum Social Mundial foi todo dedicado a Amazônia, não só a Amazônia brasileira, mas sim a Panamazônia e seu interesse e importância para nós e para o mundo.
Esta consciência cresce e foi principalmente por isto que o FSM retornou ao Brasil. O mundo está percebendo a importância da proteção ao ambiente para salvar não só a natureza, mas a nossa vida. Está compreendendo que salvar a natureza é salvar o ser humano. Isto também é claro, quer dizer que este tema precisa ser traduzido em ações práticas, não só dos governantes, mas também de cada um de nós. A mobilização e cobrança por parte das organizações e movimentos sociais por políticas públicas ambientais e sustentáveis, de fiscalização, de redução do desmatamento, da coleta e tratamento do esgoto e do lixo, por recursos e ações concretas e urgentes dos governos em todos os níveis devem ser permanentes e contundentes, no entanto, não podemos esquecer das nossas ações diárias, da nossa mudança de hábito, pois são ações cotidianas em todos os níveis que mudarão culturas e costumes e assim poderemos salvar nosso planeta e a gente junto.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Filas kilométricas para a inscrição no Fórum Social

O Fórum Social mundial começa dia 27 em Belém no Pará, mas hoje às 12 h, foi aberto o processo de inscrição (para quem não inscreveu pela internet) e credenciamento para quem já havia se inscrito. Desde antes do meio dia uma fila kilométrica já foi crescendo do lado de fora da UFRA (Universidade Federal Rural do Amazonas), veio a chuva, saiu o sol e o pessoal na fila e de muito bom humor. Por isto, meu dia hoje ficou nisto e só bem de tarde cheguei novamente no hotel já muito cansada.

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