terça-feira, 18 de agosto de 2009

É importante lembrar a história

Trecho do Discurso - Inês Pandeló. Sessão Ordinária :18/08/Hora:15:10

Trago uma notícia divulgada no Diário Oficial do Estado, também divulgada em diversos jornais, principalmente da nossa região sul-fluminense..., sobre a visita do governador em exercício e Secretário de Obras, Luís Pezão, à cidade de Barra Mansa, Vila Natal, para inaugurar diversas obras naquela comunidade. Isso aconteceu no dia 14, sexta-feira.
Essa é uma obra que tem uma história, que foi muito importante para aquela comunidade, mas tem uma história longa, de quase dez anos. Agora, depois de passados tantos anos, as obras são inauguradas e ficamos felizes com isso. Saúdo a população, o governo do Estado, a todos aqueles que trabalharam para que essa obra fosse executada; mas, muitas vezes, a história é esquecida, e é importante que ela seja lembrada. Trago o registro dessa história.
Fui prefeita de Barra Mansa, de 1997 a 2000. Quando entrei na prefeitura, os moradores, com barracas de lona, já haviam tomado posse daquela área, que visitei durante a campanha. Naquela ocasião, eu disse que, eleita prefeita, resolveríamos a situação daquela comunidade...
Em 1999, pleiteei junto ao Jorge Bittar, Deputado Federal, hoje Secretário de Habitação, para que Barra Mansa fosse encaixada no Programa Habitar BID-Brasil, para habitações precárias. Consegui esse pleito.
Foi dado início ao Projeto Habitar BID. É um projeto que precisa da inserção dos moradores nas discussões, é bem participativo, o que é muito bom. Eu não esperei o projeto sair, iniciei obras com recursos próprios: coloquei água potável, iluminação, rede de água pluvial, colocação de meio-fio, e continuamos a trabalhar nesse Projeto Habitar BID.
Em 2000 foi meu último ano na prefeitura de Barra Mansa. Quando saí da prefeitura, sem mandato, sem poder lutar pela continuidade do projeto, ele foi paralisado.
Em 2003, começo meu primeiro mandato de Deputada Estadual e relembro dessa luta, dessa necessidade do projeto Habitar BID na Vila Natal. Começo, então, várias idas ao Ministério das Cidades, à Caixa Econômica Federal, levando moradores a cobrar, ao governo estadual.
Em 2005, governo de Rosinha Garotinho, as obras iniciaram. É bom lembrar que, antes disso, mesmo sendo de oposição, eu fui procurada à época por técnicos da prefeitura, que me pediram para conversar com a Caixa Econômica Federal, para que esta iniciasse as obras sem alguns detalhes, e que esses detalhes fossem corrigidos no decorrer do projeto. Eu assim o fiz. Então, em 2005 iniciaram-se as obras, mas em 2003 a Governadora não pagou a empresa que fazia as obras, e a empresa abandonou as atividades.
Quando chegou o Governo Sérgio Cabral, novamente trabalhei para que as obras fossem reiniciadas. No ano de 2008, foi dado reinício às obras, num total de 1,3 milhões, verba do governo federal e contrapartida do governo do Estado do Rio de Janeiro.
No dia 14 de julho, como eu falei, foi feita a inauguração, pude ver a alegria daqueles moradores e manifestei também minha alegria. As obras vão beneficiar cerca de 400 moradores. Foram construídas creches, centros de apoio para cursos profissionalizantes e uma quadra poliesportiva. Foram recuperadas 78 casas, construídas rede de água pluvial, rede de esgotamento sanitário, pavimentação asfáltica e alguns banheiros, porque algumas residências não tinham banheiro. A área ficou muito bonita, tornou-se um bairro muito melhor do que talvez muitos bairros antigos da cidade.
Eu quero parabenizar todos aqueles técnicos, todas as pessoas que não desistiram da inauguração dessa obra. Eu acho muito importante resgatar a história. Muitas vezes, nós, que estamos em cargos públicos, nos esquecemos daquilo que foi construído antes de nós, e achamos que, no presente, somos os únicos, mas muita coisa foi construída, batalhada antes. Se não houvesse ocorrido esse trabalho imenso, não teríamos hoje essas obras inauguradas e beneficiando aquela população.
Quero citar aqui também o atendimento da Inês Magalhães, do Ministério das Cidades, e o Vicente Trevas, à época também desse Ministério, que sempre me atenderam muito bem, sempre viam onde estavam os nós e buscavam desamarrar esses nós para o projeto avançar.

Arquivo do blog