sábado, 24 de janeiro de 2009

Nós e a Crise II

CONTRA AS DEMISSÕES NA CSN

Como Deputada Estadual e participante do Fórum que discute os efeitos da crise na região, desde anteontem a pedido do Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Renato, comecei um contato com o Secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico, Júlio Bueno, para tentar paralisar as demissões na Companhia Siderúrgica Nacional. Hoje recebi o retorno do Secretário, que informou ter conversado com a CSN e oferecido negociação através de incentivos fiscais para minimizar o problema e a CSN ficou de estudar e dar uma resposta na semana que vem.
Esperamos que a CSN possa realmente abrir os canais de negociação para cessar a onda de demissões de tantos pais de família, pois estes desempregos poderão afetar toda a nossa região.

De 27 de janeiro a 1º de fevereiro acontece na cidade de Belém, no Pará, a 9ª edição do Fórum Social Mundial (FSM) e deverá reunir em torno de 100 mil pessoas de mais de 150 países. Considero que este será um dos fóruns mais importantes, pois a crise financeira mundial e a questão ecológica serão com certeza os temas mais discutidos no encontro. Nascido em contraponto ao fórum econômico das grandes potências mundiais e como espaço de debate, aprofundamento, formulação de propostas e articulação entre organizações da sociedade civil, que se opõe ao domínio capitalista, o Fórum Social Mundial é também plural sem caráter confessional, governamental e partidário e todos que lá estão acreditam que um novo mundo é possível.
Paralelamente ao FSM acontece também nos dias 28 e 30, o Fórum Parlamentar Mundial onde participarão parlamentares de diversos partidos e países, identificados com o Fórum Social.
Por tudo isto estarei também lá.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Um pouco de poesia


GRAÇAS TE DOU

Depois de tanta seca,
De noite, a chuva.
Pela manhã, as ruas molhadas.
Os morros,
Antes secos e desnutridos,
Agora parecem sorrir.
É o Senhor de todas as coisas,
Que traz o alento, a benção, a esperança.
É o Senhor,
Que também em minha vida,
Age assim:
A esperança para dias secos
A alegria para desfazer a tristeza
E a companhia nas horas de solidão.
Graças te dou
Senhor das minhas horas
E de meus dias.

Autoria: Inês Pandeló. Permitida reprodução desde que divulgada a autoria.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Nós e a Crise



Uma crise capitalista a partir dos Estados Unidos atingiu como uma tsuname o mundo inteiro tirando o sono de milhões de pessoas, mesmo aqueles que se sentiam confortáveis em suas mansões, iates, fazendas e bancos. A velha máxima da teoria e prática capitalista da não intervenção do Estado no mercado e na economia caiu por terra. Hoje os governos em todos os países estão disponibilizando dinheiro público para salvar o privado.
Nos últimos meses ficou claro que nosso país não ficará ileso. Ainda que as análises de economistas e do governo federal indiquem efeitos menores que em outros países, devido a política econômica brasileira, o desemprego já atinge milhares de trabalhadores e começa a gerar algumas manifestações.
Por que as demissões? Esta seria a única saída? Que a crise existe é fato, que as encomendas internacionais dos nossos produtos caíram, também e que em tempo de crise cada um tem que dar a sua parcela idem, mas será mesmo que principalmente as grandes empresas não conseguiriam segurar o prejuízo por algum tempo em nome da responsabilidade social?
Sindicatos e centrais sindicais de trabalhadores apresentaram diversas propostas onde os empresários poderão reduzir custos sem demitir ou retirar direitos. O governo federal continua a concretizar ações no sentido de usar recursos do FAT - Fundo de Apoio do Trabalhador, reduzir impostos e continuará a ser pressionado para a redução dos juros, que espero que aconteça em breve, porque inclusive o setor financeiro é o que mais tem lucra neste país.
Por isto e por muito mais não podemos de forma alguma admitir que qualquer um use a crise como subterfúgio para reduzir direitos dos trabalhadores, fruto de tantas lutas ao longo dos anos.
Voltaremos a este assunto...


* O texto poderá ser reproduzido, desde que citada autoria

domingo, 18 de janeiro de 2009

O Filho do Criador







Outro dia questionaram-me sobre a divindade de Jesus Cristo, Jesus seria um filho de Deus como qualquer um de nós e tornado divino á partir do Concílio de Nicéia, convocado pelo imperador Constantino.


Fui até a busca na internet e pesquisei sobre a divindade de Jesus e assustei com muitos artigos sobre o assunto, muitos deles postados após o livro e o filme "O código Da Vinci" e da condenação do Jesuíta da teologia da libertação, Jon Sobrinho, pela comissão Congregação da Doutrina da Fé da Igreja Católica.


É verdade. Se procurarmos nos Evangelhos, vamos perceber diversos trechos onde fica claro que haviam dúvidas se Jesus era mais um profeta ou realmente o filho de Deus, o que é muito natural. É verdade também que a decisão Jesus - Filho de Deus foi oficialmente aprovada por esmagadora maioria no Concílio de Nicéia, 325 d.c. Dito bem, oficializado, porque consta que Jesus já era adorado como filho de Deus desde o século I.


Vivemos num século de incertezas e de derrubada de muitos conceitos, dogmas, fatos históricos e ideologias e neste sentido os preceitos da fé também tem sido colocados à prova, um Deus divino é colocado em contraposição a um Deus humano e um Deus histórico se contrapõe a um Deus divino.


Não sou teóloga, sou apenas uma cristã como muitos outros, no entanto quero aqui expor em que acredito. Acredito sinceramente que Deus é um espírito soberano, portanto nem homem, nem mulher, Espírito, força suprema de todas as coisas, criador do céu, da terra, dos animais e seres humanos, dos dias e das horas... Um Deus que ama apaixonadamente tod@s as suas criaturas, que sabe de tudo, mas que respeita seu livre arbítrio. Este Deus apaixonad@ ama tanto a humanidade que resolveu fazer-se humano, sem no entanto deixar de ser Deus. Jesus é o Deus humano, um filho dileto e direto. Filh@s tod@s nós somos, mas Jesus é o próprio Deus que quiz viver entre nós. A expressão humana e amorosa de Deus, Jesus Cristo, quiz nascer pobre da mesma forma que tantos e durante toda a sua vida escolheu um lado, o lado da justiça e veio para que tod@s "tenham vida e vida em ambudância". Curou leprosos, defendeu e conversou com as mulheres, porque estes eram excluídos da vida e da sociedade, contrapôs às leis, porque estas eram injustas. com certeza Jesus desapontou muita gente porque na época " eles queriam um grande rei que fosse forte e dominador", amedrontou poderosos pois pensavam perder poder para alguém tão carismático que arrastava multidões.


A ciência descobriu a teoria da evolução, os clones e avança ainda mais nos genomas, Leonardo Da Vinci (que só nasceu muito depois) tem seus códigos revelados, evangelhos considerados apócrifos são descobertos, nada disto me faz duvidar. Ao contrário, só renova a minha crença na onipotência de Deus, que deu tanta sabedoria a humanidade não existindo contraposição: Jesus foi humano e Deus.


Perguntaram-me ainda: Se Deus é tão poderoso e sabe de tudo, porque então, sabendo do sofrimento tão grande permitiu até a morte do seu filho? Deus conhece muito bem os homens e porque conhece sabia muito bem onde tudo podia chegar, não traçou, mas não interviu porque sabia que aquela morte seria ressuscitada e iria dar outro destino a humanidade, não é àtoa que estamos aqui conversando sobre este assunto.


Não dá para entender? É, apesar de sermos filh@s não temos a totalidade do pensamento de Deus...



OBS: - A tecla @ foi usada para uma linguagem não sexista e simbolizar o artigo masculino e feminino.

- Encontrei estes artigos que gostei:
- A conspiração sobre Jesus - http://www.cpr.org.br/AConspiracaoSobreJesus.htm traduzido e comentado por Mary Schultze, em 08/12/2008.
- Jon Sobrinho e os católicos de Manaus - http://www.adital.org.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=28612

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