terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Nós e a Crise



Uma crise capitalista a partir dos Estados Unidos atingiu como uma tsuname o mundo inteiro tirando o sono de milhões de pessoas, mesmo aqueles que se sentiam confortáveis em suas mansões, iates, fazendas e bancos. A velha máxima da teoria e prática capitalista da não intervenção do Estado no mercado e na economia caiu por terra. Hoje os governos em todos os países estão disponibilizando dinheiro público para salvar o privado.
Nos últimos meses ficou claro que nosso país não ficará ileso. Ainda que as análises de economistas e do governo federal indiquem efeitos menores que em outros países, devido a política econômica brasileira, o desemprego já atinge milhares de trabalhadores e começa a gerar algumas manifestações.
Por que as demissões? Esta seria a única saída? Que a crise existe é fato, que as encomendas internacionais dos nossos produtos caíram, também e que em tempo de crise cada um tem que dar a sua parcela idem, mas será mesmo que principalmente as grandes empresas não conseguiriam segurar o prejuízo por algum tempo em nome da responsabilidade social?
Sindicatos e centrais sindicais de trabalhadores apresentaram diversas propostas onde os empresários poderão reduzir custos sem demitir ou retirar direitos. O governo federal continua a concretizar ações no sentido de usar recursos do FAT - Fundo de Apoio do Trabalhador, reduzir impostos e continuará a ser pressionado para a redução dos juros, que espero que aconteça em breve, porque inclusive o setor financeiro é o que mais tem lucra neste país.
Por isto e por muito mais não podemos de forma alguma admitir que qualquer um use a crise como subterfúgio para reduzir direitos dos trabalhadores, fruto de tantas lutas ao longo dos anos.
Voltaremos a este assunto...


* O texto poderá ser reproduzido, desde que citada autoria

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